1. Eu julgo, tu julgas, ele julga

    - Olha aquela garota ridícula, ali!
    - Que vulgaridade.
    - O mundo de vadias está cheio!
       As três amigas comentavam indignadas pelo vestido curto e vermelho que se aproximava. Quando o vestido curto estava bem próximo, elas insultaram-no em um tom bem alto. As três tinham o absoluto direito de se sentirem aptas a julgar, já que seus trajes enquadravam-se aos bons costumes.
    - Vá trabalhar honestamente...
    - Você envergonha a feminilidade.
    - Se quer se provar, que seja de uma forma inteligente.
       O vestido passou como se nada houvesse ocorrido, determinado, indiferente e vermelho.
       Já passava da meia-noite, o pub estava lotado. Um celular toca.
    - Meninas, tenho que ir. Ele está me chamando. - Havia certo ênfase no "ele".
    - Cuidado com o maridão... A infidelidade usa perfume. - Advertiu-a a ruiva.
       Com um piscar de agradecimento, aquela que atendeu à ligação foi-se às pressas.
    - Então, continue me falando...
       A loira, depois de um gole de cerveja, prosseguiu.
    - Bem, eu estava perguntando se haveria problema se você pagasse a minha parte, sabe como que é, depois da discussão com o meu pai eu não tenho visto nem a sombra de uma moeda. Mas é capaz de mesmo amanhã o velho repensar em todas as tolices que tem feito. Então, eu lhe darei o tanto que devo. Feito?
    - Sem problemas, amigas são pra essas coisas, não são?! - A ruiva deu-lhe um sorriso de lado.
       Conversa vai, conversa vem, a ruiva tem de se retirar.
    - Linda, combinei com outras amigas de nos encontrarmos em outro barzinho. - Ela já havia levantado e tirava a alça da bolsa do encosto da cadeira.
    Imediatamente a loira se postou rija ao lado da amiga.
    - Ok, vou embora também, já que se tornará tedioso ficar aqui sozinha. - A ruiva fingiu não ouvir a hipocrisia.
       A despedirem-se do lado de fora do pub, a loira pergunta:
    - E as crianças, como estão? Vão bem? Devem estar dormindo uma hora dessas ao lado da vovó, não?! - A loira dava risinhos simpáticos.
    - Bagunceiros como nunca. Deixei-os sozinhos lá em casa mesmo, minha mãe não podia de novo ficar com eles. Mas já estão bem crescidinhos. A Bianca já tem seis anos e o Luis acabou de fazer quatro. Qualquer coisa eles saberão ligar para mim ou mesmo para a polícia.
       Novamente as duas se despediram amistosamente e seguiram em rumo de seus caminhos dignos de serem aplaudidos.







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